Publicado por: janamenegaz | 3 set 2010

Pegue um ônibus e chegue a Embu das Artes

Atravessei a rua, ouvi o sino da Igreja da Consolação tocar. Passei por um grupo de fotógrafos na Ipiranga para chegar ao ponto de ônibus, enquanto um outro grupo do outro lado da rua, estava parado na esquina observando os prédios.

Não demorou para o intermunicipal até Embu chegar. Um trajeto de menos de uma hora e  R$5,40 de passagem. Lá ainda precisei pegar uma Van (R$1,90) para chegar até o centro. Mas se você optar por outros ônibus intermunicipais que saem da Cardeal Arcoverde e da Teodoro Sampaio, você paga menos de R$3,00 e eles te deixam no Centro das Artes de Embu.

Cheguei ao Centro e para começar a caminhada tomei uma água de Coco numa das várias barracas que oferecem bebidas naturais, de frente para o rio da cidade, com uma queda d’água.

Muito bem organizada, apesar de estar bastante cheia, a Feira de Artes de Embu se assemelha à Praça da República de São Paulo, com exceção de que em Embu existem inúmeras Galerias de Arte e lojas em arquitetura histórica vendendo todo tipo de artigos: quadros, cerâmicas, móveis, tapetes, e artesanatos de todo Brasil, inclusive de fora do País. Nas ruas, muitas barracas expondo artigos de couro, bijuterias, plantas, roupas, esculturas e tudo o mais. Também se encontra artistas esculpindo, pintando, desenhando retratos e caricaturistas, além de músicos e estátuas vivas em suas performances.

 

Em algumas horas é possível visitar todas as ruas e lojas, mas reserve um tempo a mais para aproveitar um bom papo com amigos nos restaurantes e bares com música ao vivo. Este domingo o tempo contribuiu para ter muita gente animada num clima descontraído. Um lugar me chamou a atenção, era o Empório e Café São Pedro, que fica juntamente com um antiquário, localizados na Viela das Lavadeiras, uma passagenzinha estreita e extremamente atraente. Era um bom músico, uma boa música e um lugar agradável para aproveitar a tarde a R$10,00 o couvert artístico.

Coisa interessante e agradável você encontra por vários cantos da Feira de Embu. Em especial gostei muito do trabalho dos pintores, é possível encontrar quadros de muito boa qualidade por lá, inclusive sob encomenda. Já quase indo embora, encontrei alguns músicos de rua se apresentando numa das laterais do Centro de Informações ao Turista, eram músicos multi-etnicos: Brasil, Peru, Argentina, que formam o grupo Palimpsesto, que quer dizer “Pergaminho manucrito medieval que, por raspagem, se fazia desaparecer a primeira escrita para nele escrever uma nova mensagem em linguagem atualizada”. Tocam músicas “Dos Andes aos Alpes”, como dizia no CD, o que pode não ser de gosto popular, mas o grupo tocava com alma e eu fiquei ali saboreando aquele momento antes de deixar Embu.

Os visitantes são muito tranqüilos, o que deixa a Feira ainda melhor para casais e famílias, além de ser muito bem freqüentada por decoradores e também estrangeiros, como alguns que encontrei pelas galerias. Anotei muitas lojas que os artigos me interessaram e certamente voltarei para compras. Recomendo.


Respostas

  1. Janaína, Miramundo é uma janela para o mundo. Viajei com você para Embu das Artes. Continue essa viagem. Por favor, divulgue também o Revelando São Paulo em seu blog, contando um pouco da programação com belezas e delicias da cultura tradicional paulista.
    Um abraço fraterno
    Cecília Luedemann

  2. Já está programada minha “viagem” ao Embu.

    Belo texto, Janaína!
    Abração


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